segunda-feira, 31 de março de 2008

Ressalvando


Eu não me importo em ter dezoito anos e ser ainda um grande fã de video games, mais do que quando eu tinha dez anos, inclusive. A verdade é que a maioria das pessoas são supostas a amadurecer, o que cria um falso conceito de que video games, não são coisa de adulto. Nada poderia estar mais longe da verdade. O fato é que, eu vou, com certeza, continuar jogando até o fim dos meus dias, feliz como uma raposa.

Engraçado mesmo é ver as reações das pessoas de acordo com as épocas. Nos anos oitenta, quando tudo começou, apenas os mais nerds jogavam, aqueles que apanhavam na escola e ao chegar em casa poderiam contar com esse refúgio para fugir da realidade. Os tempos mudaram e deixando a neutralidade de lado e assumindo meu lado nintendista, eu ponho a culpa, em parte, na Sony. O Playstation chegou para mostrar que video games não precisavam ser coisas apenas para rapazes que não arrumavam garotas e não praticavam esportes, criando uma propaganda de jogos esportivos e num termo mais chulo "Playboy", em que parecia que de repente, jogar video game tinha se tornado algo legal afinal.

Entretanto os playboys são jogadores limitados, que não sabem distinguir um bom jogo de um ruim. Só se interessam por jogos de esporte ou com carros turbinados, deixando de lado toda a magia que você realmente pode (e deve!) aproveitar, se é que você vai de verdade entrar nesse mundo, mas eu acho que tanto faz, se é só até a moda nerd passar. Só sei que eu era o gordinho da escola até os meus treze anos de idade e sempre fui o último a ser escolhido em qualquer aula de educação física e agora os mesmos garotos que não passavam a bola pra mim, sacaneiam os meus jogos de videogame. Nunca comprei um jogo de futebol em toda a minha vida, nunca pude ter mais orgulho de algo. Pro inferno com eles. Quero saber quantos desses caras já amaldiçoou os controles traiçoeiros de Balloon Fighter pra NES ao ser engolido por aquele peixe maldito quando você sobrevoava aquele laguinho de nada. Nenhum, eu aposto. Bons tempos, eu acho.

Ñão acredito que seja um desperdício de tempo e nem que isso influenciará a minha vida social. Aquela velha história que diz que quem joga videogame se torna anti social é papo furado, quer dizer, basta saber separar as coisas, qualquer coisa em excesso faz mal, mas se for pra escolher, prefiro ficar uma semana inteira na frente do meu Wii do que fazendo rachas por aí no meu carro. Mas esse universo dos games contém tantas fábulas que eu vou precisar deixar algumas de lado pra contestar a maior de todas.

Sabe quando você está no seu quarto jogando algum jogo (provavelmente da Nintendo) com muitas cores e formas mais cartunescas. Kirby, digamos. E aí passa aquele seu irmão, primo ou até mesmo um amigo abusado que fala "Nossa, que coisa idiota, isso é jogo pra criança. Por que você não experimenta jogar tal jogo?". Não adianta querer se justificar diante dessa frase, uma vez que alguém joga video games, não interessa o que você joga, esse barco já zarpou a muito tempo e você vai ser visto como idiota jogando Resident Evil ou Kingdom Hears, dois jogos excelentes por sinal e completamente diferentes. Acredite, é puramente lógico. Conforme-se, as únicas pessoas que conseguem ver diferenças de um gamer para o outro, são os próprios jogadores, mas as nossas opiniões não influenciam muito, pois ninguém dá a mínima para o que os garotos viciados e reclusos pensam. Ou então essa é apenas outra fábula sobre games que ainda está para ser desmentida. Em todo caso, eu fiz a minha parte.

2 comentários:

Saada disse...

ser a ultima a ser escolhida na educacão fisica não era muito legal,mas meu material escolar era sem duvida muito gostoso.
eu ainda sou apaixonada por aquele jogo do lobinho que eu te falei e eu não me importo em ter passado mais de uma semana praticamente em casa pra zerar;ninguem nunca entende como foi legal passar das fases futuristas que eram muito dificeis,eu acho que foi quando eu usei mais meu cerebro ever,sério.

Anônimo disse...

I've always said that Wii is the end of sedentarism. (I had to say sth)

By the way, you should use more dots.