quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Enlucidando


-Lembra quando eu disse que que gostava de garotas com nomes diferentes?

-Não.

-Então, eu tô saindo com uma garota chamada "Rai".

-"Rai" de "Raimunda"?

-Não...

-"Rayovac"?

-Não, o nome dela é "Rai".

-Tem certeza de que não é um cara chamado "Raí"?

-Tenho. Mas onde eu tava tentando chegar com essa conversa é que a Rai me disse uma coisa que realmente me fez pensar.

-Talvez ela seja uma rainha, mas talvez ache que você não esteja preparado ou seja digno de saber, sabe? Uma daquelas rainhas tímidas que ninguém conhece.

-É, eu suponho que não se conta sobre origens reais no primeiro encontro.

-É. Não pra alguém como você.

-Você não sabe do que está falando.

-E você não sabe com quem está saindo.

-Bom, mas com certeza ouvir conselhos de alguém que acha que uma rainha se chama "Rainha", não vai ajudar.

-Há! Você não sabe o que acontece dentro daqueles castelos!

-Isso não justi...

-Justas e decaptações sobre um banquete numa mesa quilométrica...

-Você sabe que esse tipo de coisa nunca existiu no Brasil, certo?

-Do que você está falando?

-Castelos, justas, decaptações. Todas essas coisas de idade média. O Brasil veio depois disso.

-Hum...

-Ah, que bom que você finalmente ouviu o que estava dizendo.

-Acho que só tem uma explicação pra sua namorada se chamar "Rainha", então.

-Merda.

-O que você precisa fazer é perguntar, na próxima vez que vocês saírem, se ela é belga.

-Por que belga?

-Eles têm família real na Bélgica, qualquer pessoa estúpida sabe disso.

-Então eu não sou estúpido, porquê eu não sabia, e você disse que qualquer pessoa estúpida saberia.

-Isso só faz de você mais estúpido ainda. Que tipo de pessoa não sabe que na Bélgica existe família real? Você é guilhotinado por lá se não souber disso.

-Por que, de todos os países que possuem família real, você escolheu justo a Bélgica? Por que não a Inglaterra?

- Eu só tava tentando especificar as coisas pra você. Você não pode ficar chutando vários países quando for perguntar isso pra ela. É isso que se aprende nas aulas de geografia.

-E se ela não for a rainha da Bélgica?
-Ela é. Eu sei que é.
-Você não sabe de nada.
-Ok, então.
-Então, você tá bem certo sobre ela ser belga, hã?
-100%
-100% de 100%?
-Eu diria que sim.
-"Diria que sim"? Isso não me pareceu muito convincente. Soou mais como se você estivesse 100% de 150%.
-Ainda é mais da metade.
-É, você tem razão. Ela é belga.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Roupas de Arco Íris


Sinceramente, eu não consigo entender a razão que faz com que as pessoas digam que quando um homossexual se assume, ele "saiu do armário.". Que merda é essa, afinal? Quer dizer então que todo heterossexual está trancado num armário metafórico durante toda a vida? Porque se for assim, eu com certeza já devo ter engolido a chave há muito tempo.

Mas falando sério, isso é sacanagem. Existe uma expressão em inglês que é "Skeletons in the closet.", que se usa pra quando alguém tem algum segredo sórdido muito bem escondido, hoje em dia ser gay já não é tão bombástico assim e essa expressão já deveria ter sido renovada, a em português, lógico. Eu gostava do tempo em que só quem saia do armário era o monstro do armário, pra matar todo mundo, era um modo melhor de sair do armário, que também não era discriminatório, inclusive.

E o Mário? Por que ele come as pessoas atrás do armário? Será que ele é bissexual? Saiu de dentro do armário. Gay. De trás do armário. Bissexual. De cima do armário. Pansexual. Debaixo do armário. Anão. Esse negócio de armário é algo que realmente não faz o menor sentido, só serve pra confundir. As pessoas não saem dos armários, seja lá qual for a sua opção sexual, eu garanto que você estaria mais confortável praticando ela do lado de fora e não esperar pra sair do armário quando você achar que as pessoas estão prontas pra saber sobre ela.

Talvez fosse melhor mudar de "Sair do armário." para "Sair do quarto.", também não faz sentido, mas pelo menos tem uma cama e tudo mais, prezemos pelo conforto das pessoas, se for pra continuar não fazendo o menor sentido.

sábado, 4 de outubro de 2008

A Volta dos que não Foram


O blog mais inoxidável da internet está de volta! (Aah, grande merda). Então, com vocês, o primeiro post em quase 4 meses.

Ok, você sabe quando alguém chega com você e diz "Huum, quando eu te conheci você não era assim.". Chatinho, hein? Não só chatinho, mas óbvio, também. Quer dizer, é claro que as pessoas mudam, está na ordem natural das coisas, se chama evolução e existe no dicionário há um bom tempo também. Mas se voltando ao sentido literário da expressão. Eu acho que se as pessoas realmente quisessem, elas poderiam falar isso todo dia, se o objetivo de encher o saco fosse mais presente na cabeça de todas as pessoas e não apenas aquela pequena porcentagem que eu me encontro todo dia.

Pra ser mais claro sobre o raciocínio. Hoje eu não conheço tal banda, digamos The Toasters. Aí um amigo meu me mostra a banda e no outro dia eu tô ouvindo The Toasters e curtindo e tudo mais, enfim, todo aquele pacote. Aí chega alguém que te vê todo dia. Seu melhor amigo "Eu, hein, que banda é essa? Quando eu te conheci você não era assim...". Me faz pensar que essas pessoas que ficam enchendo o saco falando isso, decidiram estagnar na vida. Um dia eles acordaram e falaram para si mesmos em frente ao espelho "A partir de hoje, você vai ser a mesma pessoa para sempre, sem mudar nem mesmo um fio de cabelo. Eternamente!". Aí o diabo ia sair do chão num buraco de fogo e falaria "Aah, eu acho que essa promessa pode me ser interessante.", aí ele faz essa pessoa assinar um contrato com sangue e pronto. Ela conseguiu motivação pro resto da vida pra não mudar mais nada e ainda assim ficar perturbando quem tem chances de se enriquecer. Ou então vai sofrer a danação sem fim de Lúcifer.

Imagine se a sua mãe faz esse pacto no dia que você nasceu? Ela iria infernizar tanto a sua vida, que ela própria iria começar a pensar que era o diabo. Você começa a engatinhar "Você não era assim quando eu te conheci", aí começa a andar, depois falar, depois usar o banheiro sozinho. Você já ia ter ouvido essa frase mais do que o seu nome, antes mesmo de fazer uns 2 anos. E você não ia nem ter consciência disso. Talvez essa seja inclusive, uma descoberta científica. Quer adiantar a idade consciente dos bebês? Enche o saco do moleque até ele ter que resolver as coisas por conta própria. Vai aprender desde pequeno que nesse mundo as coisas são assim, rapá. Enquanto isso no jornal, sua mãe está na capa da página policial empalada com uma mamadeira.

sábado, 26 de julho de 2008

Para Crianças Acima de 18 Anos.


Passei essa última semana jogando o Super Mario Bros 3, que foi lançado para o NES há exatamente 20 anos atrás. Baixei no Virtual Console do meu Wii, pois quando vi o jogo disponível, logo me relembrou a infância, lá por meados de 96 e 97, onde eu, não conseguia parar de jogar esse mesmo jogo.

É verdade que desde aquela época, eu sempre havia achado o jogo bem desafiador para um simples plataforma de 8 bits, tanto que na época, eu não fui capaz de chegar ao final da merda da aventura. Mais de 10 anos se passaram, decidi tentar novamente, dessa vez certo de que iria mostrar ao Bowser e sua turma quem mandava naquele reino cretino. Ledo engano, meus amigos. Apesar de ainda lembrar de vários macetes do próprio jogo como vidas escondidas, após o quinto mundo, a minha vida mudou.

Até o quinto mundo de Super Mario Bros 3, o jogo realmente não exige muito de você, e levando em conta que são apenas 8, você cria uma certa arrogância e começa a subestimar as próximas fases e desafio que estão por vir. "Sua prepotência será a sua ruína.", essa deveria ser a placa do outdoor na estrada para o sexto mundo. O temido mundo do gelo. Pois lá eles não estão para brincadeira. Eu perdi a conta dos game overs que eu levei tentando passar apenas de uma insignificante fase no mundo do gelo, aquele chão escorregadio e as plantas que cospem bolas de espinho são truques realmente baixos e que até vindo do Bowser me surpreenderam.

Mas tudo bem, eu derrotei o maldito chefe do sexto mundo, não sei pra quê, também. Pois o sétimo é ainda pior. Deixem-me deixar bem claro uma coisa sobre o sétimo mundo. Ele é feito, basicamente, de plantas carnívoras e canos de transporte, que até onde eu sei, sempre foram uma combinação letal. É um mundo tão cruel que até o próprio rei deles foi transformado em uma planta, e isso não se faz. No sétimo mundo eu preciso confessar que passei tanto tempo preso na mesma fase que comecei a duvidar de mim mesmo como jogador. Considerei deixar o jogo de lado, mas é como se ao mesmo tempo, ele me atraísse, eu simplesmente não poderia deixar a máquina me vencer, deve ter levado um dia e meio, é, eu sei, um dia e meio, mas eu havia debulhado aquele maldito mundo árido.

Finalmente, o mundo número 8, o mundo negro! O mundo negro, eu disse! Ok, Bowser está esperando por você no oitavo mundo em seu castelo, mas não sem antes você ter que passar por, prestem atenção agora: Um tanque de guerra armado até os dentes. Um navio de guerra cheio de artilharia pesada. Um avião de guerra que com certeza não vai disparar bandeirinhas com a palavra "Bang" escrito de seus canhões. Duas fases onde na primeira balas não param de ser disparadas por todos os lados e ainda existem plantas cospidoras de fogo querendo o seu mal e na outra mais plantas cospidoras de fogo mal intencionadas e um sol com cara de mau que desse do céu pra foder com a sua vida de encanador italiano heróico. Depois de passar desse pequeno contratempo, você precisa atravessar um castelo-labirinto e mais um tanque de guerra daqueles cheio de armas, lembra? E aí você chega no castelo do Bowser.

Eu não sei se é só comigo, mas eu não sei se essa princesa vale todo o esforço pra ser resgatada, ela parece ser meio chata, se é que eu posso dizer, mas eu acho que é a coisa certa a ser feita afinal. Só queria deixar claro que, se você está achando a sua vida meio pacata ou que a sua rotina simplesmente não está mais funcionando, não pense duas vezes e comece a jogar Super Mario Bros 3 e injete um pouco de ação na sua alma, mas prepare-se, é uma viagem sem volta, aonde a única refeição servida é composta de 503 entradas de frustração e um pires de glória no final, se você ainda estiver realmente preparado para continuar. Mas lembre-se, pelo menos em Mario, não se vive só uma vez. Ainda bem, inclusive, senão estávamos todos fodidos e o trono do Reino dos Cogumelos há muito tempo já teria sido usurpado.

terça-feira, 22 de julho de 2008

O Doce, Doce Reinado.




Estava falando sobre isso outro dia com um amigo. Eu queria mesmo é ter a vida da abelha-rainha, essa sim não precisa se preocupar com nada. Quando ela ainda era uma larvinha, ela foi servida geléia real ao invés de mel e pronto, dali em diante, ela estava destinada à uma vida de luxo e luxúria, por causa de uma refeição, e eu achando que as eleições para representante de turma eram injustas.

Dentro de cada colméia só existe uma abelha-rainha, todas as outras são operárias e trabalham como escravas o dia todo sem nem ter o direito de fazer o sexo de vez em quando, sim porquê os machos da colméia estão destinados a fecundar apenas a abelha-rainha que só faz sexo e dá ordens o dia inteiro, até morrer. Como se não bastasse, todos os zangões que fazem sexo com a abelha-rainha, são mortos por ela logo após o ato e ninguém se manifesta, a abelha-rainha sabe mesmo como aproveitar o seu reinado.

O que eu realmente cheguei a me perguntar uma hora foi o seguinte: Será que os zangões sabem que eles são mortos após serem chamados para uma "Entrevista de emprego", ou seja lá que desculpa a rainha use para levar eles lá pro quarto real ou será que tudo acontecesse como naquele filme "A Ilha", onde são feitos sorteios diariamente onde as pessoas sorteadas são supostamente levadas para uma ilha da felicidade quando na verdade, vão ser mortas? Devem existir várias lendas sobre isso nas colméias, em cada uma, a história seria contada de uma maneira diferente, mas a essência seria sempre a mesma. O que acontece, afinal, com os zangões que são chamados para visitar a rainha? Certos zangões, que nunca foram chamados pela rainha e já estão meio velhos, ainda tentariam ludibriar os mais novos dizendo que já havia visitado a rainha e que eles haviam feito sexo como duas abelhas enlouquecidas, mas que ele havia jurado manter o sigilo. Os jovens, é claro, por já terem ouvido a história de que os zangões eram mortos após o ato ser consumado, ficariam intrigados com a história do ancião, mas este saberia quando parar e apenas alegaria que suas façanhas precisam se manter secretas, pois poderiam chegar aos ouvidos da rainha. Golpe de mestre, realmente, ele deve pensar, mas na verdade é triste que ele precise inventar uma história tão mirabolante por ter medo de acabar morrendo virgem e cada dia que se passa é mais um em que ele não escuta o seu nome ser chamado.

Enquanto zangões virgens morrem por aí na colméia, as operárias trabalham o dia todo pra satisfazer a vontade da "Puta", como elas, secretamente, chamam a rainha. Abelhas operárias são seres enigmáticos, mistos de inveja e respeito. Ao mesmo tempo que falam mal da abelha-rainha, não conseguem parar de atender todos os seus comandos, como se o Gênio tivesse caído nas mãos do Jaffar. Muitas já tentaram um motim, tentar dar um fim na tirania da rainha, porém a rainha sempre possuirá o apoio dos zangões que também passam o dia sem fazer nada e que por natureza, são mais fortes que as operárias, mesmo que estas executem trabalhos braçais dia após dia, vai entender o aquele cara tava pensando quando criou essa comunidade, portanto, logo elas tiveram que se conformar com a vida de escravidão eterna e isenta de prazeres sexuais.

Abelhas operárias, esse post é em respeito à vocês, por isso, terminarei ele com um pensamento que deve vagar pela cabeça de vocês todos os dias de suas patéticas vidas. "Por que merda eu não sou uma abelha-rainha?"

domingo, 20 de julho de 2008

E o meu Pai Bate no Seu


Acabei de passar quatro dias em Salinas, que por sinal estava parecendo os primeiros vinte minutos de O Resgate do Soldado Ryan, e se eu pudesse resumir esse período em uma frase, ela seria: Não compre um carro. Tirando isso do caminho, mais uma vez eu me vi de cara com o tempo livre, então as idéias voltaram a aparecer.

Em primeiro lugar, todo mundo tá falando das Olímpiadas de Pequim que vão começar no mês que vem e tudo. Eu adoro esportes, peraí, não adoro não. Eu odeio esportes, mas respeito, mas parece que alguns simplesmente forçam a barra, sinceramente, principalmente no atletismo. Arremesso de dardo, martelo e todas aquelas outras coisas que eles arremessam, não parece uma brincadeira de criança? Quando eu tinha 6 anos eu apostava com meus amigos quem conseguia jogar uma pedra mais longe rio adentro ou na areia mesmo, eu não consigo acreditar que realmente existem pessoas que tornaram isso a profissão delas, parece ser o último grau da imaturidade, transformar uma brincadeira de criança em emprego. Nunca vi ninguém ganhar a vida brincando de telefone-sem-fio, mas não deve estar muito longe agora.

É como se antigamente, quando as Olímipiadas ainda aconteciam na Grécia, a maioria dos gregos não tinham habilidades com a maioria dos esportes, então decidiram que jogar coisas seria uma modalidade, como grande maioria não sabia fazer nada, os votos à favor venceram e foi criado o arremesso à distância e suas variantes como o salto triplo que possuem a mesma essência, só que no segundo, só as crianças mais destemidas na minha infância brincavam, pois envolvia se jogar na areia e aquilo ralava que era uma tristeza, sem falar que pra tirar da cueca era quase impossível.

sábado, 12 de julho de 2008

Do Pó ao Pó.


O que acontece com as pessoas que morrem em areia-movediça? Elas simplesmente afundam, morrem e fertilizam toda a área? Será que ninguém vai ao encalço delas? Eu já vi em alguns filmes pessoas morrendo em areia movediça e geralmente só uma pessoa caía e a outra dizia "Não se mexa, senão você afunda mais rápido. Eu vou buscar ajuda!". Porra, não vai fazer a menor diferença, caralho! Areias-movediças não aparecem no meio da cidade grande, ninguém vai sair de um restaurante no centro dizendo: "Aah, aquele bife tava meio mal-passado. Preciso procurar um restaurante que satisfaça as minhas necessidades." e em seguida cair numa porra de uma armadilha da natureza. Afundar na areia-movediça é quase um luxo, pra se cair numa, requer se embrenhar no meio de uma porra de uma selva ou pântano, o que significa que até o seu amigo voltar com ajuda, você já vai ter morrido, tanto faz se você se debateu ou não, o que você precisa fazer é saber como investir esses últimos minutos de vida. Xingar animais selvagens não é uma decisão sábia.

Eu gostaria de saber quantas pessoas morrem por ano desse jeito, se é que eles morrem, afinal. Vai ver que é por isso que a China é o país mais populoso do mundo. Mas vamos seguir com a hipótese da morte, além de ser meio ridículo morrer na areia-movediça, porque você só cai lá se quiser, já que não é como se ela pudesse avançar em você ou coisa do tipo. Eu aposto que muitas pessoas já morreram tentando resgatar alguém que se afogou numa areia-movediça, é quase como um círculo vicioso arquitetado pelo demônio. "O Edílson caiu! Eu vou salvá-lo, AAAAAAAAAH!", "Merda, o Caio caiu tentando salvar o Edílson! Eu preciso ajudá-los! AAAAAAAAAAH!", e assim sucessivamente, até não sobrar mais nenhum herói idiota o suficiente pra continuar se jogando.

Me pergunto se não funcionaria cavar um túnel até chegar embaixo da areia-movediça, será que eu seria sugado para cima e sairia na superfície? Será que eu encontraria todas as pessoas que realmente caíram lá jogando pôquer? Não seria esse o modo mais plausível de tentar salvar alguém que foi parar embaixo da terra, afinal? Jogar uma corda só serve se o cara ainda tem o movimento dos braços, os dentes não são tão fortes quanto eles aparentam, mesmo que aqueles caras na televisão puxem carros com eles. Eu sei, parece ser muito injusto.

O que acontece quando uma pessoa morre na areia-movediça e a família precisa preparar o funeral? Pessoas que morrem em areia-movediça não precisam de funeral, elas já foram enterradas. Parece ser um pouco trabalhoso, também, entrar na selva, cavar um túnel, arriscar mais vidas, pra quê? Pra tirar o corpo morto de uma pessoa que morreu sendo sugada para dentro da terra e aí colocá-lo num carro, chegar num cemitério e enterrar essa merda de novo? Não seria mais fácil jogar um caixão na areia-movediça e chamar todo mundo pra ir assistir o processo de sucção? Eu me sentiria um pouco mais respeitado se fosse o morto, a não ser é claro, se eu ainda estivesse vivo, afinal, embaixo da terra e de repente uma porra de uma caixa enorme de madeira me acertasse na cabeça.