sábado, 26 de julho de 2008

Para Crianças Acima de 18 Anos.


Passei essa última semana jogando o Super Mario Bros 3, que foi lançado para o NES há exatamente 20 anos atrás. Baixei no Virtual Console do meu Wii, pois quando vi o jogo disponível, logo me relembrou a infância, lá por meados de 96 e 97, onde eu, não conseguia parar de jogar esse mesmo jogo.

É verdade que desde aquela época, eu sempre havia achado o jogo bem desafiador para um simples plataforma de 8 bits, tanto que na época, eu não fui capaz de chegar ao final da merda da aventura. Mais de 10 anos se passaram, decidi tentar novamente, dessa vez certo de que iria mostrar ao Bowser e sua turma quem mandava naquele reino cretino. Ledo engano, meus amigos. Apesar de ainda lembrar de vários macetes do próprio jogo como vidas escondidas, após o quinto mundo, a minha vida mudou.

Até o quinto mundo de Super Mario Bros 3, o jogo realmente não exige muito de você, e levando em conta que são apenas 8, você cria uma certa arrogância e começa a subestimar as próximas fases e desafio que estão por vir. "Sua prepotência será a sua ruína.", essa deveria ser a placa do outdoor na estrada para o sexto mundo. O temido mundo do gelo. Pois lá eles não estão para brincadeira. Eu perdi a conta dos game overs que eu levei tentando passar apenas de uma insignificante fase no mundo do gelo, aquele chão escorregadio e as plantas que cospem bolas de espinho são truques realmente baixos e que até vindo do Bowser me surpreenderam.

Mas tudo bem, eu derrotei o maldito chefe do sexto mundo, não sei pra quê, também. Pois o sétimo é ainda pior. Deixem-me deixar bem claro uma coisa sobre o sétimo mundo. Ele é feito, basicamente, de plantas carnívoras e canos de transporte, que até onde eu sei, sempre foram uma combinação letal. É um mundo tão cruel que até o próprio rei deles foi transformado em uma planta, e isso não se faz. No sétimo mundo eu preciso confessar que passei tanto tempo preso na mesma fase que comecei a duvidar de mim mesmo como jogador. Considerei deixar o jogo de lado, mas é como se ao mesmo tempo, ele me atraísse, eu simplesmente não poderia deixar a máquina me vencer, deve ter levado um dia e meio, é, eu sei, um dia e meio, mas eu havia debulhado aquele maldito mundo árido.

Finalmente, o mundo número 8, o mundo negro! O mundo negro, eu disse! Ok, Bowser está esperando por você no oitavo mundo em seu castelo, mas não sem antes você ter que passar por, prestem atenção agora: Um tanque de guerra armado até os dentes. Um navio de guerra cheio de artilharia pesada. Um avião de guerra que com certeza não vai disparar bandeirinhas com a palavra "Bang" escrito de seus canhões. Duas fases onde na primeira balas não param de ser disparadas por todos os lados e ainda existem plantas cospidoras de fogo querendo o seu mal e na outra mais plantas cospidoras de fogo mal intencionadas e um sol com cara de mau que desse do céu pra foder com a sua vida de encanador italiano heróico. Depois de passar desse pequeno contratempo, você precisa atravessar um castelo-labirinto e mais um tanque de guerra daqueles cheio de armas, lembra? E aí você chega no castelo do Bowser.

Eu não sei se é só comigo, mas eu não sei se essa princesa vale todo o esforço pra ser resgatada, ela parece ser meio chata, se é que eu posso dizer, mas eu acho que é a coisa certa a ser feita afinal. Só queria deixar claro que, se você está achando a sua vida meio pacata ou que a sua rotina simplesmente não está mais funcionando, não pense duas vezes e comece a jogar Super Mario Bros 3 e injete um pouco de ação na sua alma, mas prepare-se, é uma viagem sem volta, aonde a única refeição servida é composta de 503 entradas de frustração e um pires de glória no final, se você ainda estiver realmente preparado para continuar. Mas lembre-se, pelo menos em Mario, não se vive só uma vez. Ainda bem, inclusive, senão estávamos todos fodidos e o trono do Reino dos Cogumelos há muito tempo já teria sido usurpado.

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