segunda-feira, 23 de junho de 2008

Em Boca Fechada...


A mosca é um animal ardiloso. Esfregando freneticamente suas patinhas, eu sempre acho que elas estão tramando alguma coisa, mas ainda fica mais esquisito. As moscas, na verdade, esfregam as patas para se livrarem das sujeiras. Que inseto hipócrita, elas praticamente são concebidas no lixo e rondam merda de cachorro o dia todo, esses hábitos não combinam e se a moscar quer realmente provar alguma coisa e ser alguém, ela deveria parar de se contradizer tanto.

Os mosquitos são como as putinhas das moscas, começando pelo nome, "Mosquito", não passa de um diminutivo ridicularizado de um parasita que gostaria de ter sido uma mosca. E eles têm motivos para quererem ter sido moscas, elas enxergam atrás das cabeças, o que as faz milhões de vezes mais eficazes na arte de fugir de um tapa humano ou jornal enrolado e coisas do gênero, não precisam se alimentar de outros animais e são higiênicas, afinal de contas, elas limpam as patas. A única parte legal de ser mosquito é poder ficar zumbindo nos ouvidos das pessoas enquanto elas estão tentando dormir, mas as moscas não parecem se incomodar com isso. É mais como um prêmio de consolação.

Apesar da vida das moscas não durar muito, as dos mosquitos podem ser ainda mais curtas se estes não se mantêm alerta, o que pode vir a ser muito difícil, já que grande parte dos mosquitos são executados enquanto estão sugando sangue. Todo mundo abre a guarda quando está se alimentando, uma vez chutaram o meu saco enquanto eu comia um cheeseburger, nunca mais eu fui o mesmo.

Mesmo com tantos motivos para querer ser uma mosca, acho que eu ainda preferiria ser humano, diferente do Jeff Goldblum, mas ele não teve muita escolha. O fato é que às vezes eu escuto pessoas dizendo por aí "Ah, eu queria ser uma mosquinha pra poder ouvir tal conversa". Eu me pergunto se essas pessoas realmente gostariam de passar o resto de suas vidas sobrevoando orifícios anais de cães sarnentos só pra poder saber um pouco mais da vida alheia. Além de ser burrice, já que hoje em dia existem vários outros métodos de espionagem muito mais eficientes, como colocar um copo na porta e a orelha no fundo do recipiente, também não compensa, afinal de contas, as pessoas só querem saber da vida dos outros por um motivo: fofocar. E a não ser que todos os seus amigos quisesserem virar insetos repugnantes junto com você, não iria adiantar de muita coisa você se tornar uma mosca e saber da vida de todo mundo. Prefiro ser um humano e ler a Contigo, o que é quase tão baixo quanto. Já que nas duas ocasiões, se você tentasse falar pro seu melhor amigo da vida de uma pessoa que não diz o menor respeito a ele, exisitiriam grandes chances de você levar um tapa. Mosca ou humano.

domingo, 22 de junho de 2008

Embaixo das Camisas, ao Lado do Amante.


Outro dia eu tava pensando em sobremesas. E pra tirar logo do caminho que todas as refeições são feitas sobre a mesa, o nome dessa, especificamente, é uma fraude. Pois comer embaixo da mesa impede as crianças de crescer e quase geralmente causam inchaços na cabeça.

Não gosto de nenhuma sobremesa, tirando sorvete, ainda bem, inclusive. Pessoas me invejam por isso e eu me encho de orgulho. É bom poder se orgulhar de algo que não exige, absolutamente, nenhum esforço físico ou psicológico, apenas a boa e velha falta de vontade de experimentar coisas novas, o famoso "Nunca comi, mas não gosto", que pode ser aplicado não só à comidas, mas à qualquer coisa.

Nunca comi maniçoba, mas garanto que não gosto. Nunca li O Alquimista, porém é o pior livro do mundo. Nunca assisti Velozes e Furiosos e garanto que não tô perdendo muita coisa. É muito fácil não gostar de coisas que você nunca experimentou. O que realmente requer coragem é passar por cima do seu orgulho e finalmente provar algo e assumir que é gostoso. Devem existir pelo menos 1 milhão de pessoas no mundo que nunca tinham provado algo, mas diziam que era ruim, e que por pressão de algum amigo, namorado, etc, experimentou e gostou, mas disse que não gostou, só pra não perder a razão.

Não é algo para se orgulhar, entretanto, não é algo para ser comunicado também. Sendo assim, você continua a sua vida, até o seu ente querido encontrar um pacote de biscoitos de doce-de-leite em um fundo falso no seu armário e dizer algo mais ou menos assim: "Mas não era você quem não gostava desses biscoitos?". O que virá a seguir será uma briga violenta, que poderá acarretar no fim do relacionamento por você ainda continuar clamando que aqueles biscoitos foram postos lá pela própria pessoa amada, que no momento, se faz de sonsa, apenas para conseguir mostrar que estava certa o tempo todo. É uma guerra de teimosia, na verdade. Não sei como isso nunca foi tema de um filme ou até mesmo de um comercial de biscoitos de doce-de-leite, que, convenhamos, são uma merda.

terça-feira, 17 de junho de 2008

E Júpiter Está na Casa do Caralho


Eu conheço muita gente que lê o horóscopo, gente até demais, pra ser sincero. Isso deveria ser uma daquelas coisas que todo mundo faz em segredo, como comer banana com casca, mas por alguma razão, acreditar que a posição dos planetas em relação ao sol, mais a hora e o dia em que você nasceu, parecem influenciar diretamente na sua vida e personalidade, só eu que nunca notei.

As pessoas que gostam desse tipo de coisa ao extremo podem ser chatas, muito chatas. Tem gente que não sai de casa antes de checar o seu horóscopo, mas se aquele não estiver bom o bastante, a pessoa começa a ler outros horóscopos, de diferentes revistas, jornais ou sites, até encontrar um que esteja de acordo com o humor dela naquele dia, e aí ela diz: "Nossa, o meu horóscopo nunca erra.". Realmente, quem erra é você, vai arrumar uma distração.

É muito engraçado esse negócio dos signos, cada um tem suas qualidades e defeitos e tudo mais. Por exemplo, eu sou do signo de Sagitário, um signo de fogo. O fogo é quente, então eu acho que isso deve dizer que eu tenho personalidade forte e gosto de impôr a minha opinião e também de praia. Eu sei que isso não está fazendo sentido, mas quando se trata de horóscopo, tanto faz, também. Até onde eu me importo, qualquer um pode escrever uma coisa dessas, e se um profissional fizer, eu nunca vou saber a diferença.

Mais chato que o horóscopo normal, é o horóscopo chinês. Que é a mesma merda, só que com animais diferentes. E aí as pessoas ficam tentando encontrar semelhanças entre o seu signo ocidental e o oriental. Muita gente enlouquece fazendo isso. O que acontece se você pegar signos completamente opostos nesses dois horóscopos? Em um você é uma pessoa calma e serena. E no outro você é enérgico e nervoso. No mínimo, você desenvolve um distúrbio bipolar, causado pelo zodíaco. Não vai demorar muito pra alguém chegar e dizer "Tá vendo, não se deve brincar com os deuses".

Biscoitos da sorte, sorte do orkut, horóscopo chinês, brasileiro, uzbeque, tanto faz. Tudo a mesma merda. A única coisa que realmente salva no horóscopo são as piadinhas com os signos. "Ah, eu sou virgem" ou "Huuum, quer dizer então que você é touro?", e por aí vai. E pensando bem, essas piadinhas são bem sem graça.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Sabe Quem Perguntou Por Você?




Estava passando aquele trote para a padaria de novo que é mais ou menos assim "Alô, tem pão de ontem? Tem? Quem mandou fazer muito, otário?!". Quando me peguei pensando em como o mundo seria, no mínimo, mais chato se todas as pessoas se conhecessem.

Tantas coisas acontecem o tempo todos os dias, que ninguém pára pra pensar no fato de elas só acontecerem porque a maioria das pessoas que você na rua ou em qualquer outro lugar, menos na sua casa, ou na de algum amigo, são estranhos. Pra deixar mais claro, aqui vão alguns exemplos:

Muitas pessoas sabem dar valor ao fato de não conhecerem todos os habitantes do planeta, mas existem vários grupos diferentes que usufruem desse privilégio de modos muito distintos. Os pedreiros, para começar, se conhecessem todas as mulheres que passam em frente às construções, o nível de cantadas de segunda mão e assovios iria cair drasticamente, uma vez que as próprias garotas também os conheceriam de volta e também suas esposas.

Os gozadores que adoram fazer brincadeiras e pôr a culpa nos outros também teriam seus dias contados, eu mesmo estaria fodido no outro dia ao passar o trote para o padeiro, uma vez que se ele me reconhecesse através do telefone, iria ficar me dando um sermão que, pelo menos, eu não seria obrigado a ouvir, mas não ia mais poder ligar duas vezes para o mesmo lugar, logo não teriam mais endereços o suficiente e o interurbano, apesar de mais divertido, é muito caro.

Eu acho que teria pena apenas dos pervertidos, esses sim. Imagine a frustração que é você ligar para um serviço de atendimento sexual via telefone, o famoso "Telesexo", cujo slogan eu ainda prego que deveria ser "Telesexo. Provando que a orelha também é um órgão sexual.", e a mulher do outro lado da linha reconhecer você: "Edmílson! Você tem mulher e filhos, o que você está fazendo ligando pra cá?" ao que o Edmílson responderia: "Ei, aqui não é o Edmílson, Patrícia, é o Vladmir.". Conversas como essa seriam repetidas quase todos os dias aonde um estaria sempre culpando o outro e ninguém chegaria a lugar nenhum, logo as prostitutas telefônicas estariam sem emprego também. E isso nos números heteros, os gays teriam descido a um novo nível de baixaria nunca antes visto.

Pais de família não teriam mais onde se esconder ou até mesmo quando um namorado quer agarrar outra garota em uma boate, seria como entrar na Casa Branca, dar um tapa na cara do Bush e levar a carteira dele e deixar uma foto sua de recordação. No mínimo existiram quinhentas e quarenta e doze testemunhas oculares, o que seria até uma vantagem, talvez a criminalidade diminuísse, mas quem se importa com isso quando não se pode fazer nada errado em paz? Pelo menos quando você liga para o Telesexo você pode dizer "Ei, pelo menos eu não matei ninguém". Que tipo de desculpas esfarrapadas existiram num mundo isento de crimes? Por essas e outras eu sou grato e sei tirar vantagem de não conhecer todas as pessoas do mundo, portanto faça a sua parte e xingue alguém que você não conheça na rua, você pode até entrar no mesmo elevador que essa pessoa no dia seguinte e nenhum dos dois vai lembrar de nada, agora esse é o mundo que eu agradeço por viver.

Sociedades Anônimas estariam com os seus dias contados e todos os alcoólatras frequentadores do AA seriam motivo da chacota e fofoca nas vizinhanças. Fofoca, inclusive, seria uma das empresas mais bem-sucedidas desse mundo e o Big Brother não ia passar da primeira edição. Ao mesmo tempo em que todos se conhecessem, nem sempre pode-se estar a par da vida de todo mundo, mas as revistas de fofoca estariam lá, falando de todas as pessoas, tendo histórias escabrosas para contar sobre a vida de qualquer pobre cidadão da cidade que faça algo de diferente, mesmo que seja apenas sexo com caranguejos. Pois afinal de contas, num mundo onde todos se conhecem, todos seriam celebridades, não? Mas os pobres continuariam pobres, pois nem roubar eles poderiam. É, o planeta seria um lugar cheio de ironia, talvez seria interessante viver assim por um dia. Mas só um, pois eu ainda tenho que mandar umas pizzas pra umas pessoas que eu não gosto.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Anos Dourados


Todo mundo conhece um. Às vezes ele é japonês, às vezes ele é gordo, às vezes tem espinhas, às vezes tem os três ao mesmo tempo e ainda põe o dedo no nariz. Mas aqueles garotos que sempre sentam no fundo da sala e passam o recreio com o mais novo video game portátil que a sua tia trouxe lá da puta que pariu me deixavam um pouco admirado.

Era mais ou menos entre a quinta e a sétima série que era mais comum do fenômeno acontecer. O garoto ficava no fundo da sala jogando seu portátil, que quase sempre era uma versão nova do Game Boy. Aos poucos, os outros garotos da sala de aula começavam a reparar em como ele estava vidrado no jogo, se o ano era 1998, esse moleque estava jogando Pokémon antes de todo mundo e não ia demorar muito pra que todos os seus colegas de classe estivessem passando todos os recreios em volta do garoto enquanto ele prosseguia na sua jornada. Mas em outra jornada, na vida real, aconteciam várias coisas também interessantes dentro da sala de aula. Vários personagens de verdade poderiam ser criados ali mesmo, em volta do garoto:

Exista o Puxa-saco, aquele que fazia de tudo para poder jogar nem que fosse por alguns segundos, ele compraria lanches, ofereceria seus Tazos em troca, em alguns casos dinheiro e num universo mais paralelo, favores sexuais. Além do Puxa-saco, existia o Invejoso. O Invejoso era aquele moleque que antes da nova febre, era o rei das brincadeiras, sempre fazia mais gols no futebol, nunca era encontrado no pique-esconde e coisas do tipo, mas que quando o Game Boy começou a ser o centro das atenções, ele não sabia o que fazer para conseguir os olhares de seus antigos amigos novamente. Comentários como "Não sei qual é a graça nessa merdinha!" ou "Ei pessoal, vamos jogar um jogo de homem!" eram constantemente tecidos pelo garoto invejoso, mas quase ninguém se lembra, porque estavam todos olhando para a tela.

Um pouco parecido com o Invejoso é o Brincalhão Inconsequente, mas existiam algumas diferenças. O Brincalhão Inconsequente é um gozador, acima de tudo, geralmente o mais bagunceiro da sala que sempre parece ter uma piadinha preparada para qualquer aula. Sua única fraqueza é a curiosidade. Ao ver um grupo de garotos reunidos em volta de um só, o Brincalhão Inconsequente se vê na necessidade de descobrir o que está acontecendo, o que pode acabar gerando problemas. Resumindo, o Brincalhão Inconsequente é o garoto que chegava e desligava o Game Boy no meio do jogo e depois começava a rir, o dono do Game Boy não conseguia acreditar. O Puxa-saco partia para cima. O Invejoso vê o Brincalhão como um herói. E o próprio Brincalhão fica satisfeito de ter feito mais uma traquinagem, mesmo tendo levado um tabefe ou dois.

Com o passar do tempo e o aumento da febre em meio à esses jovens, em pouco tempo, todos estariam jogando Pokémon, batalhando entre si e competindo contra a própria elite do jogo. Mas o jogo logo cansa e então alguém surge com um jogo novo. O Egoísta, que é o nome do primeiro garoto, que eu havia esquecido de dar. O Egoísta sempre tem um parente distante que trás pra ele coisas de última geração e quando não se trata de emprestar um video game portátil, ele mostra todo o seu lado negro e mesquinho. Era fato conhecido por todos os outros garotos que o Egoísta tinha o melhor video game da época na sua casa e que apenas mais três ou quatro garotos também possuíam este videogame, mas os melhores jogos eram os do Egoísta. Quando um dos outros garotos tentava pedir um jogo emprestado para o Egoísta, não se poderia esperar outra resposta que não fosse: "E o que você vai me emprestar de volta?", o que é na verdade, uma das estratégias de comércio mais bem elaboradas da história. Veja, bem, o Egoísta não se importa com qual jogo um dos outros garotos-não-importantes-o-suficiente-para-ganharem-um-adjetivo-nesse-texto iriam emprestar para ele. O Egoísta só precisava de uma garantia para se sentir seguro de que não estava sendo saqueado, pois afinal de contas, ele provavelmente teria todos os jogos que os outros garotos tem.

Quando o Egoísta empresta um jogo, ele pode ser divido em duas classes diferentes: São elas, o Objetivo e o Sonso. O Egoísta Objetivo é aquele que todo dia pergunta para o garoto que está com o seu jogo "E aí, rapá? Quando você vai me devolver o meu jogo? Já fazem uns três dia, porra!". O efeito era ter o jogo o mais rápido possível doesse a quem doer, geralmente o garoto devolvia antes mesmo de ter passado do começo.

Já o Egoísta Sonso trabalhava através de bordões minuciosamente elaborados em casa e expressões de "Quem não quer nada" na frente do espelho. O Egoísta Sonso é aquele que chegava na escola todo dia perguntando: "E aí, rapá? Como é que tá o jogo? Já passou daquele chefão? E aquele outro com os espinhos?". Esse processo era repetido dia após dia. Um pouco diferente do Egoísta Objetivo, o Sonso trabalhava fazendo com que o garoto que estava com seu jogo se sentisse não só perturbado, mas também com complexo de inferiodade, pois o Sonso dá a entender que conseguiu terminar o jogo muito mais rápido do que ele. Assim como na tática do Objetivo, o jogo era devolvido antes mesmo do começo. A outra coisa que os dois Egoístas também têm em comum era o antigo hábito de escrever os seus nomes nos cartuchos de video game, para não ter erro, mesmo. Era o fundo do poço. Dizem que Egoístas se reuniram num ritual suicida coletivo quando todos os video games decidiram fazer jogos em cd.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Questão Social Irrelevante Número 2


Manter relações sexuais com um zumbi? Poderia isso ser considerado necrofilia ou apenas um fetiche muito diferente? Especialistas no assunto debatem opiniões, desenvolvem teorias e obtêm um consenso, mas primeiro, os fatos.

Prós - Zumbis são corpos mortos que por alguma razão, dependendo do contexto que está sempre sujeito a mudanças, retornaram para o mundo dos vivos para andar por aí e alimentar o seu instinto mais primitivo, o de se alimentar, não o de fazer sexo. Além do mais, por mais que zumbis andem no mesmo mundo que aqueles que ainda não morreram, isso não os torna vivos, eles ainda têm o mesmo corpo apodrecido e não pode ser considerado vivo, portanto, manter relações sexuais com esta criatura, faz de você um necrófilo. Dos mais estranhos.

Contras - Existem muitas histórias por trás da origem dos zumbis e assim como eles podem ser pessoas que morreram há muito tempo e por meio de bruxaria ou algo do tipo, retornaram ao mundo dos vivos, eles também pode ser apenas vítimas de um vírus ou parasita que toma conta do corpo do ser humano e o mata por dentro, mantendo intacto apenas o desejo de se alimentar e as noções mais básicas de movimento e pensamento, uma vez que ao ouvir um barulho, um zumbi toma conhecimento e tenta descobrir de onde veio e o que causou este barulho, demonstrando um pouco de raciocínio lógico o que o torna vivo e por isso, fazer sexo com um não passa de um prazer pouco ortodoxo, mas não pode ser chamado de necrofilia.

Conclusão - Zumbis são seres humanos que são revividos por intermédio de diferentes causas ou até pessoas que ainda não morreram que foram submetidas à experiências com vírus estranhos que acabaram por tornar a pessoa um zumbi, sendo assim, esta conclusão chega a um resultado parcial. Zumbis de pessoas que já estavam mortas e que foram trazidos de volta por meio de bruxaria ou magia negra, são corpos em decomposição mortos que conseguem se mover. Faça sexo com um desses e seja um necrófilo. Por outro lado, zumbis que eram seres humanos, mas que foram submetidos à algum tipo de doença que acabou por transformá-lo num zumbi, não passa apenas de uma pessoa doente, faça sexo com um desses e você provavelmente é mais doente do que ele, mas não é um necrófilo.

domingo, 1 de junho de 2008

Sua Própria Indignação


Ok, eu nem tava pensando em postar hoje, mas eu acabei de ver algo que me deu várias idéias que eu achei que deveria expor aqui. Também não é como se eu tivesse outro lugar pra dizer o que eu acho das coisas.

Eu estava zapeando por aí e acabei parando na Mtv. Lá passava um programa da emissora americana chamado My Own, onde um fã de alguma celebridade quer encontrar uma garota ou garoto, depende do programa, que seja parecido com a celebridade que esse mesmo fã é obcecado. O programa começa com 6 oponentes que o fã tem que ir eliminando até sobrar 1. E é aqui que começa a diversão.

O episódio que eu assisti era sobre um rapaz que queria encontrar a sua cópia da Beyoncé, aquela cantora lá. E entre as 6 concorrentes tinham 4 garotas negras, uma branca loira e uma japonesa! Uma japonesa, eu disse! Como uma garota dessas pode achar que ela pode ser a Beyoncé? E como a Mtv deixou ela participar do programa? Eu realmente acho muito difícil de acreditar que de todos os 50 estados daquele enorme país, aquilo era o mais próximo da Beyoncé que eles conseguiram achar, é muita preguiça. Eu no lugar do fã, ia me sentir profundamente ofendido. Ia achar que era uma pegadinha ou coisa do tipo. Eu ia começar a escrotear com ela dizendo coisas do tipo "Como você acha que você pode ser parecida com a Beyoncé?! Sua asiática! Vai tentar ser o Jackie Chan, caralho!"

Outro aspecto engraçado que eu consegui retirar desse programa é algo muito contraditório, muito típico, inclusive. O garoto perguntava às suas pretendentes por quê ele as deveria escolher, ao que elas respondiam, eu pude notar que uma frase era sempre unânime: "Porque eu tenho estilo". Isso é mentira, só pra constar. Nenhuma de vocês têm estilo. Vocês estão numa competição pra ver quem é mais parecida com uma celebridade. Vocês esqueceram disso? Vocês não tem estilo. A Beyoncé tem estilo.Vocês só querem ser elas, mas não isso não faz de vocês estilosas, mocinhas. É que nem você ficar tentando falar com o seu peixe e sair por aí dizendo que é o Aquaman. Mais uma vez, se eu fosse o fã, eu ia ficar relembrando isso a elas toda vez.

No final, ele acabou escolhendo a garota que realmente era mais parecida com a Beyoncé, então um pouco de justiça foi feita, aparentemente, mas isso não torna o programa nem um pouco mais legítimo, também, assim como ele escolheu a garota que mais se parecia, ele poderia ter acabado com a japonesa, por alguma razão e aí ele não poderia dizer que ela era a própria Beyoncé dele, se eu fosse amigo dele e ele viesse com essa história, ele ia pegar um tapa na cara, pra deixar de ser mentiroso. Enfim, onde eu quero chegar é que esse é um programa completamente relativo, onde quem começa errando é a própria Mtv, se você quer fazer um programa de sósias, põe gente parecida com as pessoas em questão, caralho. Daqui a pouco vai ter um episódio com a Amy Winehouse com 2 índias, 1 negra, 1 garota careca, 1 moleque vestido de macaco e 1 travesti com aquele cabelo de casulo.