sexta-feira, 30 de maio de 2008

Criminalidade de qualidade


Eu já morei nos EUA e se tem algo que eu realmente os invejo por eles terem e nós não, a resposta que geralmente vem na mente das pessoas é a comida ou as lojas e essas coisas, mas não. Eu queria viver num país onde existissem perseguições policiais. Dá até gosto de quebrar a lei. Atravessar shoppings em um ônibus escolar são coisas que não eram possíveis até uns anos atrás, mas agora, esse tipo de entretenimento já existe.

É algo que pára as cidades, literalmente, pois as ruas são interditadas e quem não está dirigindo, está em algum lugar com uma tv para poder assistir, se você tiver sorte, pode ser que você esteja no meio da perseguição e nem saiba.Inclusive, essa não seria a desculpa mais esfarrapada do mundo para chegar atrasado no trabalho? "Não, Seu Almeida, eu tava quase aqui quando começou essa insana perseguição policial e eu fiquei preso no trânsito. Tive que dar a volta por trás do viaduto".
Eu adoro esses criminosos, eles são tão otimistas. Existem helicópteros atrás deles e coisas do gênero, e eles sabem que quanto mais correrem, mais eles serão perseguidos, por mais veículos. Aliás, devem existir mais meios de transporte da imprensa do que realmente da polícia perseguindo esse carro, o que ainda é meio que uma ajuda aos policiais, pois quando o criminoso vê pelo retrovisor todos aqueles carros e vans e helicópteros no céu, algo dentro dele começa a se revirar em desespero e é mais ou menos aí que ele bate o carro ou rola ladeira abaixo.

A verdade é que existem vários motivos pra que as perseguições sejam tão populares. Se acontecesse alguma aqui em Belém, eu com certeza iria assistir pra ver se ele passasse na frente da minha casa, mas além disso, se torna meio que um daqueles programas do Discovery Channel que fala sobre a cadeia alimentar, e assim como uma gazela que foge do leão, você meio que torce pro criminoso escapar "Esquerda! Vai pra esquerda, caralho! Nããão, essa rua já foi fechada!". Além disso, é uma corrida frenética, parece mentira, mas só basta acontecer uma perseguição policial para que as ruas de repente lotem de caminhões de melancia ou gente de cadeira de rodas atravessando ruas imensas. E quando o criminoso finalmente se toca que não vai conseguir fugir de carro e começa a correr a pé mesmo? Acho que nessa hora deveria aparecer uma legenda na tela que diz: "Não faça isso", sério, eles realmente acham que isso vai funcionar? Não é como se logo na frente fosse algo extraordinário fosse acontecer e que de repente, mais ninguém esteja atrás de você, isso não é GTA, você não pode dar um cuecão em um policial e depois apertar botões e ele fingir que nada aconteceu, você vai ser preso, portanto, não desça da merda do carro. Eventualmente, é claro, eles vão furar seus pneus e fazer sacanagens do gênero. Portanto, o ideal, como eu sempre digo, é fugir para o litoral e sempre, eu disse sempre, ter um hovercraft à sua disposição, aí sim.

De onde vêm o interesse dos seres humanos pelas perseguições? Acho que isso já vem desde a idade média, onde as pessoas perseguiam aquelas mulheres que diziam ser bruxas, com tochas e tridentes, aquelas perseguições deram origem às de hoje em dia, com certeza ou pelo menos deixaram nos nossos DNAs a lembrança de que é legal encurralar as pessoas.
Pelo menos uma vez, eu queria ver o criminoso escapar. Todas as perseguições terminam com o cara sendo posto no capô de uma viatura pra ser algemado, aí ele pega uma porrada ou duas, colocam o cara dentro da viatura e vão embora e aí você volta pras suas atividades normais, mas o que aconteceria se um dia um policial simplesmente dissesse pro piloto do helicóptero: "Eu o perdi, para onde ele foi?", ao que o piloto responde "Eu não sei.". Se você é um piloto de helicóptero e conseguiu perder de vista um cara desesperado dentro de um carro, acredite, você é um merda. Mas por outro lado, seria um final diferente pra todas as perseguições. Encheria de esperança todos esses criminosos jovens que estão por aí pensando em roubar um carro. Vá em frente, ainda existem chances!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Que seja ignorado o conteúdo a seguir


Sem realmente inspiração pra fazer um post decente ou qualquer coisa, aliás, então só pra não perder os meus fiéis comentaristas, amo vocês, estou postando. Segue agora, o pior post de todos até hoje.

Das duas uma, ou os artistas cansaram de colocar segredinhos engraçados ou perturbadores nas suas obras, ou as pessoas, simplesmente, não aguentam mais procurar. As mensangens subliminares vêm sido procuradas há muito tempo, não sei ao certo desde quando, mas pelo menos há uns quarenta anos, desde os Beatles e tudo. Mas a verdade é que tirando a lenda da morte do Paul que vinha com pequenas dicas nos álbuns da banda, as mensagens subliminares ainda eram percebidas ao rodar os discos ao contrário ou por coisas ditas em frações de segundo no fundo das canções. Além disso, existem as capas de discos, filmes e até livros, tudo em nome da teoria da conspiração. Eu, sinceramente, acho que a maioria nem existe e quem fica procurando essas coisas é que deve ter algum pacto com o demônio.

Mas vendo as coisas por outro ângulo, é como se um pouco da magia tivesse esvaído. Os artistas de antigamente pareciam ser mais dedicados aos fãs, eles faziam essas coisas de propósito, pra entreter, além da música ou filme, era um acordo por debaixo do pano, "Eu finjo que digo e você finge que escuta e nós dois nos damos bem no final, jóia?". Hoje em dia os artistas parecem não ter mais paciência e as pessoas pararam de se importar, ou então tudo ficou subliminar demais.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Em Maus Lençóis


Só deveriam existir dois tipos de cama. De casal e de solteiro. Não tem nada que me deixe mais encaralhado do que cama de viúva. Quer dizer então que se o meu companheiro morreu, eu tenho que trocar de cama? Pra quê? Qual o propósito disso? Pra que assim eu possa finalmente me desprender dessa pessoa que já se foi, mas ao mesmo tempo sempre ter uma pequena lembrança dela?

A cama de viúva é uma fraude.O que fazer quando a viúva, no caso, não quer casar, mas ainda quer continuar fazendo sexo? Ela vai ter que começar a dormir com anões? Já que duas pessoas normais não cabem numa cama de viúva. É como se a cama de viúva quisesse dar uma lição de que depois do cônjuge falecido, ou você começa a fazer sexo com anões, ou vira pedófilo e na pior das hipóteses, zoófilo de animais de pequeno porte, pois se você quise fazer sexo com cavalos, por exemplo, você vai passar a noite dormindo num monte de feno e dormindo de bruços, com certeza. E o que acontece se a pessoa se divorciar? Não existe cama de divorciado. Ela continua dormindo numa cama de casal ou numa de solteiro? Ou será que tem que dormir numa rede? Se for homem, com certeza dormiu algumas noites no sofá antes do divórcio. Dependendo da esposa, depois do divórcio, nem cama mais sobra na casa.

É engraçado a transição que se passa na infância. Você passa do berço pra cama de solteiro, como se do nada, você precisasse de estado civil, antes dos 5 anos de idade. Parece que até que a cama de solteiro deveria vir com carteira de trabalho. Isso pra não mencionar aqueles casais que são casados, mas dormem em quartos separados. Tenho um amigo cujo os pais são assim e em ambos os quartos, as camas são de casal. Eu sei que é pra quando eles quiserem fazer sexo e tudo, mas não é meio suspeito sua esposa ou marido dormir numa cama de casal em outro quarto quando o marido dela é você? Só faltava ter uma máquina de camisinhas dada por você no armário dele ou dela, seria quase a mesma coisa.

Voltando a falar da cama de viúva. Chega até a ser meio assustador. Você acaba de conhecer uma garota na boate e ela decide que vocês vão pra casa dela. Ao chegar você nota que a cama é de viúva. Não dá um pouco de medo transar com essa garota? Quer dizer, e se vocês se casarem? Ela dorme numa cama de viúva. É como uma premonição surpresa de muito mau gosto. Devem existir garotas que fazem isso de propósito. Só de sacanagem.

Como seria uma cama de viúva redonda? Eu imagino que deve lembrar uma lua minguante. Você tem que dormir curvado, em forma de "C". Essa ainda é mais castigadora. O marido morre e pra que você não pegue mais ninguém, vai ficar pra sempre parecida com o Quasímodo. Deve ser uma espécie de vingança depois de dormir tanto tempo com alguém que chuta você por 30 anos toda noite ou ronca como um urso que engoliu um liquidificador. "Eu descanso em paz, mas você se fode."

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Ainda na Espera


O que está faltando para que em algum lugar do planeta, algum cientista, ou melhor, um grupo deles, inventem um vírus ou coisa parecida que crie zumbis, que nem em Resident Evil? Ou então, sei lá, algum fenômeno sobrenatural, mesmo, isso é o de menos, desde que eles passem a existir. Mas por favor, alguém faça com que aconteça! Será que ainda não existe tecnologia suficiente? Será que as pessoas pararam de se importar com magia negra?

Ninguém dá o valor merecido aos zumbis. Eu tô cansado de ver gente que, literalmente, gosta de zumbis. Gente falando que curte os zumbis, que eles são "cool" e não sei o quê. Não se deve gostar de zumbis, só se deve gostar de matar zumbis, isso sim. Se bem que as pessoas que são fãs deles vão ser as primeiras a serem mordidas mesmo, então melhor pra mim. Vão aprender a gostar de criaturas menos ingratas.

Eu moro ao lado de uma loja de departamentos que é, com certeza, o melhor lugar para se estar quando eles começarem a andar por aí, esses merdas. Motosserras, bigornas, chaves-inglesas, terçados, armas de atirar prego e afins. É quase um buffet pra destruir mortos-vivos, qualquer um se deliciaria. Só iam mesmo faltar armas de fogo. Bom, na verdade, a arte de matar zumbis é baseada na criatividade, onde qualquer coisa pra destruí-los é válida, desde que funcione. De espingardas à funis. Isso sem mencionar que quando a cidade estiver, praticamente tomada pelos mortos que andam, você pode saquear tudo que quiser quando eles foram aniquilados. Só é preciso sobreviver.

Acho que a única coisa mais legal que poderia acontecer além de zumbis invadirem Belém, seria se zumbis invadissem Belém e os Pokémons existissem. Como eu ia gostar de assar um zumbi montado no meu Arcanine e depois fatiar outro com um Scyther. São ainda mais possibilidades. Esmagá-los com um Onix também é interessante. Iriam existir concursos de Pokémons e zumbis onde ganharia aquele Pokémon que matasse mais zumbis em menos tempo ou para a morte mais criativa. O mundo seria um lugar melhor.

Eu culpo a ciência por não ter ainda descoberto a fórmula Z. Simplesmente existem coisas mais importantes a serem feitas. Ninguém sabe a quantidade de cientista folgado que tem por aí, colocando orelhas humanas em ratos ou produzindo porcos fosforecentes. Eu sei que parece divertido, mas ele poderiam pensar um pouco mais no futuro e agradar todos aqueles com instintos assassinos que não querem ser sodomizados na cadeia após terem sido presos por homícido. Quem nunca teve vontade de decaptar alguém com uma motossera? Se os zumbis existissem, isso seria perfeitamente legal. As pessoas são preguiçosas. Eu exijo um apocalispe de mortos vivos agora mesmo e culpo todos aqueles que não pensam nisso por ele ainda não ter acontecido. E acima de tudo os adoradores de zumbis.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Poupando as Explicações


Algumas invenções chamam a minha atenção. Sem reais motivos, elas apenas chamam. Vou explicar o porquê ao longo dos exemplos. A única coisa que eu posso dizer de antemão, é que eu tinha um motivo de verdade pra dar tiro nos cientistas do 007 e não sabia.

O cobertor elétrico, em primeiro lugar. Claro que ele é o seu melhor amigo numa noite fria de inverno, mas e se você fizer xixi na cama? Você não seria eletrocutado? Ou mesmo que não fosse, como se faz pra lavar um cobertor elétrico? Já que água e utensílios elétricos vêm mostrando que não se misturam há muito tempo.Quando se tem frio, ninguém lembra. Mas o cobertor elétrico é o acessório de cama mais sujo dos últimos anos.

O controle remoto universal. A princípio parece ser algo vindo dos deuses, o fim de todos aqueles controles remotos na mesa de centro, mas além do controle remoto universal nunca funcionar direito e você apontar pra televisão e ele ligar o som e afins, o melhor do controle remoto universal, é pro filho do seu vizinho ficar desligando a sua televisão da janela do quarto dele a hora que ele quiser, aí sim eu aprovo a utilidade do controle remoto universal.

Quem não simplesmente adora aqueles ventiladores portáteis que se aperta um botãozinho e ele começa a girar e você põe ele bem na frente do rosto? Aquilo só serve para duas coisas e refrescar não é uma delas. Esse é um produto que deveria vir com um adesivo que diz "Use somente quando estiver só", pois não há nada mais certo que levar um empurrão na mão de um amigo engraçadinho e terminar com o ventilador no nariz. É uma brincadeira válida, inclusive, pois dá pra parar aquelas hélices com o dedo mindinho. Aliás, me enganei, ele só serve pra isso mesmo.

Eu sou um daqueles que não sabe fazer nada, mas adora procurar falhas ou defeitos nas obras dos outros. Constantemente. Até que eles virem e me mandem fazer eu mesmo, aí eu vou embora por uns minutos e volto com mais comentários inoportunos sobre seja o que eles estejam fazendo.

sábado, 17 de maio de 2008

Prodígio

Cícero era um rapaz como qualquer outro, porém, ele tinha uma habilidade que o tornava um pouco diferente dos seus amigos. Cícero não tinha garganta, pelo menos era isso que ele dizia, mas na verdade o que isso significa é que Cícero tinha nascido com a incrível habilidade de ingerir líquidos em grandes quantidades em espaços de tempo minúsculos.
Desde pequeno Cícero terminava sua mamadeira em menos 3 segundos, aos 12, bebia uma garrafa de Coca Cola de 600 ml em 4,5 segundos. Aos 19, Cícero participava de competições locais de quem consegue beber mais cerveja. Saía sempre vitorioso. Até que pensou que poderia obter algum tipo de lucro em cima disto.
Certo dia estava passando na frente de um bar que dizia "Concurso do Chopp de 3 metros - Recompensa: R$ 400,00". Cícero viu ali sua chance de ficar rico usando seu dom. Foi um verdadeiro massacre e Cícero venceu o torneio antes mesmo que os outros participantes houvessem chegado na metade de suas respectivas bebidas. O juiz da competição reconheceu o talento de Cícero e deu a ele o dinheiro. O rapaz ficou muito feliz, mas até o fim da noite ele haveria perdido o dinheiro por estar muito bêbado.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Isto é um trabalho para...


Quando alguém vai parar pra pensar no Aquaman? Quando alguém vai se tocar que ele é um merda? Ok. Ele respira embaixo d'água. E acabou! Grande merda, também, de que adianta? Não é como se os vilões fossem se esconder dentro de um lago com um canudinho pra respirar. É mais pra algo do tipo "Aquaman, perdi meu brinco aqui na piscina. Fica aí procurando."

O primeiro Aquaman, aquele do desenho dos Super Amigos era só um cara loiro sem muito o que acrescentar, então nos novos quadrinhos, decidiram dar um visual mais legal para ele. E eu admito, ficou melhor, ele ganhou mais músculos, os cabelos e a barba cresceram e a roupa ficou mais característica. Ah sim, ele também perdeu uma mão e ficou com um gancho no lugar. Pra ser sincero, ele ficou completamente "Thor tenta imitar Capitão Gancho".

Será que eu realmente preciso falar da habilidade incrível do Aquaman de falar com peixes? O Super Homem voa por aí na velocidade da luz enquanto derrete robôs do mal com os olhos e congela vulcões em erupção com um sopro, tudo ao mesmo tempo. Enquanto isso o Aquaman tá batendo papo com o Sr Peixe-Espada, embaixo d'água, já que lá ele pode respirar. Parece até que por ele ter dois poderes que são tão estúpidos, o mínimo que eles poderiam fazer é se complementar. É como se você tivesse uma mão de lápis e outra de borracha. Seria algo diferente e até um pouco útil, mas todo mundo ia rir da sua cara mesmo assim.

Aliás, alguém sabe qual a identidade secreta do Aquaman? Alguém algum dia parou pra pensar nisso? Quer dizer, também não é como se ele tivesse uma revista só dele pra que isso fosse um problema. Ele tá sempre lá pela Liga da Justiça sem fazer nada, não parece que ele sai de lá em nenhum momento, a não ser, é claro, quando existe algum perigo. Aí ele é convocado, junto, é claro, do Super Homem, Batman e Robin, Mulher Maravilha e Lanterna Verde, no mínimo. Ninguém liga pra Liga da Justiça pedindo pela ajuda do Aquaman, e os outros heróis ao notarem isso, decidem levar ele com eles, pra que ele não se sinta tão mal. O que é muito injusto, inclusive, pois de vez em quando ligam pra lá pedindo a ajuda dos Super Gêmeos e o poder de Jan, o homem da dupla, consegue ser ainda mais inútil que o do Aquaman. "Forma de um balde de gelo" é o caralho.

domingo, 11 de maio de 2008

Beirando a Nudez


Antigamente era mais fácil. Os bolsos das minhas calças não eram tão apertados. Dava pra carregar um monte de coisas neles. Se eu morasse nos Estados Unidos e um valentão da escola viesse me roubar o dinheiro do meu almoço me segurando pelos tornozelos de cabeça para baixo, iriam cair dos meus bolsos, como nos bons e velhos desenhos, no mínimo: Um pião, um ioiô, um carretel de pipa, dois carrinhos, um pato de borracha e por último os meus míseros trocados.

Hoje em dia eu já não carrego mais tantas coisas nos bolsos, mas certas calças tem bolsos tão apertados que eu simplesmente não posso mais levar minha carteira neles. Tendo que guardar na mochila ou pedir para a garota mais próxima pôr na bolsa. E isso fode todo o meu sistema. Desde sempre eu colocava o celular no bolso direito e a carteira no esquerdo. Não, eu nunca guardei a carteira no bolso de trás, eu não consigo sentar desnivelado, parece que eu tô tentando ajeitar a bunda pra peidar o tempo todo, sem falar que incomoda. Enfim, só se eu andasse com duas carteiras ou um monte de papel dobrado no outro bolso. Mas o verdadeiro problema é que quando os bolsos das calças começaram a ficar apertados, eu já não podia guardar a carteira no bolso esquerdo, deixando a minha frente desnivelada, mesmo que eu não sente com a pélvis.

Comecei a comprar Halls para levar no bolso esquerdo toda vez que tô usando uma calça de bolsos apertados, eles fazem um volume, mas não o suficiente. Então eu ganhei o carro e comecei a levar a chave e o Halls no bolso da carteira e o celular no outro, mas aí eu já tinha mais volume do lado direito que do esquerdo. Parece que eu não consigo mais me manter em equilíbrio. Estava à beira de um colapso nervoso quando decidi dividir os Halls em metades. O problema parecia ter sido resolvido, porém eles começaram a grudar na parte interna das minhas calças, pois aquelas pequenas embalagens que guardam a bala não são realmente muita coisa, então eles se abriam e os meus bolsos ficavam grudentos, como se eu tivesse me masturbado e logo após, colocado as mãos nos bolsos. Esse é um problema ainda sem solução que já vem me atormentando há um certo tempo. Estou aberto à sugestões.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

A mão que segura a arma (e come o cu de todo mundo)


Vão se foder, eu tenho tanto para falar sobre 007 Goldeneye, o jogo de Nintendo 64, que não é nem engraçado. Era tão viciante que a minha mãe zerou o jogo antes de mim e eu não gostava de jogar com ela no multiplayer porque ela sempre me matava. De verdade. Pra ser sincero, eu nem sei como eu nunca pensei nisso antes, mas comecemos pelo começo.

Quem não adora a segunda fase desse jogo, a Facility? Logo de cara você tá num tubo de ventilação que sai num banheiro e a primeira coisa que você vê é um cara cagando. Quem nunca tentou tirar o chapéu do cara com um tiro sem matá-lo e depois não se arrepender de ter errado? Ainda na Facility, um pouco mais pra frente, você tem a chance de conversar com cientistas que logo que percebem que você está armado, levantam as mãos em sinal de rendição. A pessoa que nunca matou um cientista ou pelo menos não deu um tiro na mão do calhorda, só pra ele ficar se debatendo de dor, também nunca deu um nome no estilo "Cu" ou "Imbecil" ao seu rival em Pokémon. Como assim você nunca teve um Gameboy?

Continuando com 007. Como simplesmente não amar o fato de poder explodir, literalmente, qualquer coisa que esteja no cenário. Você entra na sala de controle de uma base criminosa do mal, mata uns soldados ruins de mira, pega um tal disquete salvador do mundo, atira no pé de um cientista e aí você fica entediado. Então você vira pro computador, carrega a sua PP7 e dá um tiro no teclado. Ele vai pelos ares. Atira no mouse, ele explode como um Pikachu sobrecarregado. Ainda não satisfeito, atira na cadeira. Ela arde em chamas depois de explodir. Aí você atira na mesa, ela explode, as coisas que estavam em cima dela caem no chão e explodem também e se você já as tinha explodido, foda-se, elas explodem de novo. Só não dá pra explodir a água.

Depois de mais ou menos umas 10 fases, eu acho, uma tal de Natália começa a ajudar você nas missões, aliás, ajudar o caralho. Ela é mestre em se meter no meio do fogo cruzado e levar tiro do James Bond na cara, e ela tem uma porra de uma Magnum, aquela inútil. Pergunte a qualquer pessoa que já jogou Goldeneye qual o personagem que eles mais odeiam no jogo e resposta nunca vai ser o traidor agente 006 e sim Natália. Sempre Natália.

Legal mesmo era conseguir a famigerada Golden Gun, a pistola de ouro que matava com um só tiro. Era tão divertido quanto luta de anões no catupiry. Você saia por aí dando tiro no saco do pessoal e eles morriam, quem nunca sonhou com isso não merece nem acordar de manhã. Foda mesmo era resistir atirar nos cientistas, mas eles nem explodiam, então eu poderia sempre atirar nos computadores e não falhar na minha missão.

Metade dos brasileiros que jogaram Goldeneye na mesma época que eu, provavelmente jogaram sem ter assistido o filme antes. Isso dava uma perspectiva completamente diferente ao jogo. Completamente! Ninguém sabia ao certo o que tava acontecendo. Uma hora você tava num navio, depois você tava preso e depois já tava numa floresta com uma russa cega como um morcego. Você atirando pra tudo quanto é lado e as coisas explodindo. Se isso não é entretenimento, eu não sei o que é. Quem precisa de um enredo, afinal?

Reunir quatro amigos pra jogar o multiplayer de Goldeneye quebrou mais amizades do que roubar estrelas no Mario Party. Eu vi casamentos se destruírem em frente aos meus olhos quando alguém acertava o cônjuge amado pelas costas com uma granada e coisas do tipo. Sem mencionar as incríveis passagens secretas que só os mais experientes jogadores tinham acesso. Sair da parede e acertar uma facada na cara de um Boris ou da Natália, o que era ainda mais prazeroso, é algo cujo o sentimento que causa continua sem nome até os dias de hoje. Ou escolher o modo de jogar apenas com minas e sair por aí plantando elas pela fase inteira. Você morria, aparecia e morria de novo. Não dava nem tempo de dizer "Chantilly".

Quase ia me esquecendo da fase em St Petersburg. Uma das favoritas de todos. Ok, é a fase que você sai de tanque pela rua e esmaga qualquer tipo de ser vivo que apareça na sua frente, lembrou? Mais uma vez não era permitido matar civis, que dessa vez não eram cientistas, mas simplesmente pedestres com pouca sorte que decidiram sair na rua na mesma hora que Bond e seu tanque. Ainda consigo ouvir os ossos se quebrando em meio aos gritos de agonia até hoje nos meus sonhos mais profundos.

Provavelmente ainda não consegui dizer tudo que tinha para dizer sobre esse jogo que marcou demais a minha infância. Muito mesmo. Até demais, eu acho. São 6 da manhã, eu tô tentando dormir desde às 4, e nesse meio tempo eu comecei a pensar no jogo. Vieram tantas lembranças que eu simplesmente não podia deixar elas irem embora, então acho que pelo menos um pouco de justiça foi feita. Esse jogo merece todo o reconhecimento do mundo. Quem concordar, que dê um tiro no seu teclado.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Com um galho e uma folha!


Eu quero ter uma criação de insetos dos mais variados, de todas as espécies, pra ser sincero, das fofas joaninhas aos perigosos escaravelhos egípcios. De alguma forma, eu iria conseguir ser o lorde de todos eles, de modo que eles me obedecessem e fizessem tudo que eu mandasse, qualquer coisa, mesmo. Seria o meu passaporte para o mundo crime e também para o da fantasia. No próximo parágrafo.

Num futuro não tão distante, eu teria dominado todas as fórmulas que envolvem dna, genética, biologia e mutação. Apenas para assim poder dar aos meus insetos o tratamento merecido e ao mesmo tempo torná-los mais fortes e talvez maiores, mas não muito maiores que nem em Tropas Estelares, um besouro de um tamanho de um cachorro labrador já serve, só pra que eu pudesse montar nele por aí. Ou um louva-deus do tamanho de uma águia que pudesse me levar para voar pela cidade.

Ao terminar todas as experiências com os meus insetos, a parte divertida realmente começaria. Eu iria agrupá-los numa espécia de exército invertebrado, onde cada espécie estaria num batalhão que melhor favorecesse seu biotipo. Abelhas, vespas, maribondos e afins seriam das forças aèreas e serviriam para sobrevoar os lugares onde as tropas terrestres estivessem agindo, apenas para proteger, ou então para atacar lugares onde os outros animais não conseguriam alcançar. Como derrubar um avião, só pra sacanear.

As tropas terrestres seriam as maiores de todas, por possuírem o mais amplo leque de insetos, por causa disso, ela seria dividida em algumas repartições, mais uma vez favorecendo os biotipos. As linhas de frente seriam compostas por besouros e formigas, praticamente, por estes possuírem fortes chifres e mandíbulas, ótimos para destruir adversários. Se precisasse, também teria em mãos um time de pacas, especializadas em escavar o subsolo, como elemento surpresa. E um vários grilos, gafanhotos e pulgas para pular os muros mais altos sem precisar da ajuda de outros insetos, o que faria com que seus postos fossem perdidos por alguns instantes.

Seja lá que tipo de pessoa leia isso, deve estar pensando o que eu faria se precisasse de uma tropa aquática ou marinha, já que insetos não respiram em baixo d'água. Bom, a resposta é simples, eu não preciso realmente de uma tropa aquática, já que eu não quero formar uma frota marinha, eu só queria afundar uns navios e saquear certas embarcações e eu poderia muito bem usar os voadores para esse tipo de trabalho.

Por fim, eu acabaria sendo preso, mas meus insetos sempre dariam um jeito de me tirar da cadeia, pois eles me amariam muito. Até que um dia a polícia ia perceber que seria impossível me deter e teriam que se conformar e aprender a conviver comigo e os meus insetos, mais ou menos como o Galvão Bueno. Uma vez que uma guerra nuclear me mataria, mas as minhas baratas não iriam parar até que o último sobrevivente responsável pela minha morte ainda estivesse em pé.


Ano que vem, motosserras.


Eu tava falando sobre isso com um amigo na faculdade. Foi ano passado, em abril, pra ser mais exato, que o menino João Hélio foi arrastado por sete quilômetros num carro em movimento. Esse ano, no mesmo mês, a menina Isabela é arremessada pra fora de um edifício. Parece que os criminosos do Brasil começaram uma espécie de seita secreta que mata criancinhas de modos brutais, enfim, pode até chegar a ser algo bem profundo. Existem vários pontos que valem a pena ser analisados.

Em primeiro lugar, o mês. Abril. Por que abril? A única conclusão que eu consegui chegar foi que eles competem o ano inteiro com idéias de crimes, apenas idéias, escritas num papel que vão sendo armazenadas numa caixa durante o ano e em março, o líder do grupo, que é aquele que teve a idéia mais sangrenta no ano passado. Por exemplo, o líder desse ano eram os rapazes que estavam no carro do João Hélio, mas eles tiveram que passar agora o bastão para os pais da Isabela porque eles tiveram a idéia mais sangrenta e assim sucessivamente. Continuando, quando o líder ou líderes decidem qual a idéia do ano, eles avisam os criadores de tal idéia com um mês de antecedência para planejar, por isso o sorteio é sempre feito em março, para que possa ser realizado em abril, que foi uma escolha feita aleatoriamente pelo sócio fundador da organização.

Em segundo lugar, queria ressaltar a criatividade desses criminosos. Não de fazer o tipo de coisa que eles fazem, mas sim a idéia de fazer essas barbaridades com criancinhas, pois criancinhas são bem vistas no mundo todo, bom, menos a Dakota Fanning, mas ainda assim, é muito mais fácil sensibilizar multidões assassinando criancinhas de modo cruel do que pessoas adultas ou tamanduás. Enfim, a organização parece que tem tudo para crescer, uma espécie de Clube da Luta, na verdade, onde muita gente tem quebrado as duas primeiras regras.

Por último, eu só gostaria de falar do padre voador mesmo, aquele imbecil, onde já se viu sentar numa cadeirinha com milhares de balões e sair voando por aí? E não era nem a primeira vez que ele se fodia fazendo uma idiotice dessas, ah, ele mereceu mesmo. É impressão minha ou qualquer coisa fica mais engraçada quando acontece com padres? Sério, se alguém joga um padre de um prédio não ia dar tanto o que falar quanto uma criancinha. Ou então um padre imitando o Jaspion, enfim, são infinitas as possibilidades. Deve ser uma espécie de prêmio de consolação para compensar o celibato. Mas não parece ser dos melhores, né seus pedófilos? Ei! Essa é uma boa idéia para o ano que vem.

sábado, 3 de maio de 2008

Mais Perdido que Puta no Deserto


Pra variar, esse post não vai chegar a lugar algum com seu conteúdo, mas eu ainda acredito que ele será diferente. Dessa vez eu não vou falar de videogames, nem zombar de Deus e apesar de só ter falado de música uma vez, também não é isso. Eu talvez divague sobre coisas mundanas. Sim, poderá haver divagações, mas isso também não é novidade, porque outro dia eu tava falando das frutas e suas histórias irrelevantes.

Simplesmente chega uma hora na vida que você não pode mais ficar em casa chupando dedo. Na verdade chega uma hora na vida que você não pode mais fazer nada. Veja a mim como exemplo: Aos cinco anos, eu não suportava mais a minha babá me dando banho, hoje em dia, aos dezoito, acho que não poderia fazer mal se uma mulher ficasse me lavando três vezes por dia enquanto eu fico parado pensando em lasanha, pensamento que não mudou desde os meus cinco anos, inclusive.

Enfim, eu sou um péssimo oportunista. Eu estava pensando e cheguei a conclusão de que o pior oportunista é aquele que deixa passar oportunidades, mas eu acho que isso elimina todo o conceito de oportunismo, então esse parágrafo começa mal, muito mal. Mas eu acho que quero chegar em algum lugar aqui, diferente do que eu havia dito no começo do texto. Eu realmente deixo chances passarem, isso é tudo. Mas mesmo assim, eu não acho que eu esteja arrependido, eu não me importo, não mesmo. Acho que eu estava realmente certo no começo e esse texto não vai chegar a lugar algum, a não ser no meu blog, que não pode ser comparado ao Palácio de Buckingham.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Uma nova jornada


Alguém já percebeu o quanto o Curupira lembra um pokémon? Ele tem cabelo de fogo, cara de doido e os pés pra trás. Ele seria um dos pokémons de fogo de três evoluções que você poderia escolher pra começar o jogo.

Você apontaria a sua pokédex pra ele e ela diria com aquela vozinha estranha "Curupira, um pokémon amazônico, dizem que ele é o protetor das florestas da amazônia, seus cabelos de fogo podem ser vistos de longe, mas seus pés virados para trás confundem qualquer treinador que tente perseguí-lo na floresta".

Ao chegar no level 18, o Curupira iria evoluir para Mula Sem Cabeça mais uma vez a pokédex ia entrar em ação "Mula Sem Cabeça, a forma evoluída do Curupira, esse pokémon quadrúpede tem hábitos noturnos e nunca é visto durante o dia, sua cabeça de fogo é um mistério, pois ninguém sabe como a Mula Sem Cabeça enxerga, come e realiza ações do gênero. Um Pokémon muito hostil, a Mula Sem Cabeça é extremamente difícil de ser capturada e também muito veloz"
Finalmente, no level 36, o pokémon atinge o auge da sua evolução, a gigante cobra de fogo, Boitatá, aponte sua pokédex mais uma vez e ela dirá algo mais ou menos como isso "Boitatá, a forma evoluída da Mula Sem Cabeça. Este pokémon costuma voar pelas florestas e apesar de ser um pokémon puramente de fogo, pode ser visto em rios, também. Extremamente difícil de ser capturado, o Boitatá tem um temperamento muito forte e pode derrubar embarcações inteiras, se provocado" . É isso ou um pokémon vegetal em forma de urtiga.